Poesia a quem fica
Olho-te, mas não deixo que percebas...
Não agora.
Deixemos que o sol se ponha,
Ainda é cedo para a aurora.
Teu corpo ainda não repousa em brancos lençóis,
Teu coração ainda apressado pulsa.
Fito-te, mas no meu íntimo,
O excessivo desejo assusta.
Não podes notar meu amor,
Não sob a cega claridade do cedo!
Esperemos que nos cubra a penumbra,
Aguardemos a noite iluminar nosso segredo.
Gosto de encontrar-te enquanto dormes...
Prefiro não gritar seu nome, seus pesares têm repouso manso.
Abranda minha saudade só de ver-te passar,
Só de amar-te em paz descanso.
(Jocelaine Carvalho Fagndes - 11.04.2014)
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