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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Crie Avatares Mangá!

Agora você pode criar avatares mangá suas e de seus amigos! É no Face Your Mangá!


Basta acessar www.faceyourmanga.com, fazer o login, clicar no menu "Create", escolher o gênero masculino ou feminino e se divertir!

Esta foto que está de exemplo acima criei pro meu irmão!

Abaixo segue um vídeo explicativo!





Beijos!

Desenhe a casa dos seus sonhos!

Floorplanner - Faça o projeto que quiser! É grátis!


No site br.floorplanner.com você cria a casa que sempre sonhou ou muda o design da sua deixando aflorar o seu bom gosto!
Faça o login, escolha um projeto e comece o planejamento desde a estrutura aos mais diversos acabamentos internos e externos!


Neste site você pode salvar seus projetos e abri-los quando quiser para editá-los ou visualizá-los em 3D!

É ótimo para fazer aquela reforma em casa, no escritório, no pátio, na empresa ou onde bem entender, também para ver como ficaria a casa dos seus sonhos ou simplesmente para passar o tempo! É perfeito!

Fica a dica!

Beijos!


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Reflexão


Passado a limpo

 


Minha infância nunca foi de roupinhas novas da hora, passeios no shopping com os amigos, mesada, cabelos arrumados, esmalte e batom, objetos decorativos no quarto, colcha do meu ídolo, barbies que dobravam os joelhos e os cotovelos, refrigerante, lanche no recreio, almoço com todas as verduras e legumes e um feijão fresquinho, sobremesas, leite com cereal, minha cor preferida não era o cor-de-rosa...

Lembro que eu possuía coisas simples... 

Uma roupa que a irmã mais velha usava e que já mal servia em mim, calças que nem tapavam os tornozelos, casacos sem fecho, e as meias... Ah! Nem precisa comentar!
Eu tinha umas bonecas que minha madrinha mandava entregar nos dias comemorativos do ano, usava livros velhos abertos e escorados em uma cadeira pra brincar de secretária... Eu tinha uns discos de vinil bem velhos, um par de sandálias da Xuxa que implorei muito pra ganhar, um par “rollers” que era o meu sonho e que juntei umas moedinhas pra ajudar a pagar, tinha um pão amanhecido, leite e café pra fazer “sopinha de pão” (porque comer o pão muito velho somente mergulhado no café com leite), tinha também dois quadros do Leonardo DiCaprio, umas figurinhas das Spice Girls que vinham em uns pirulitos, tinha um anel-apito, uma bicicleta velha azul que ganhei de um guri que não a queria mais, um pirocóptero, não tinha lanche no recreio mas... quem precisa de recreio quando se tem uma matéria que adora pra copiar do quadro? Nem dava tempo de sentir fome! Eu tinha sapatos rasgados, uma pastinha do camelô pra colocar os cadernos (muito bem cuidados a propósito), alguns lápis tão gastos que mal dava pra segurá-los... Ah! E uma caneta de quatro cores, imagine só! Tinha cestas de páscoa todos os anos (minha irmã sempre as montava com muito carinho), tinha dias de dormir na casa da amiga da casa ao lado, tinha o dia de jogar bola na chuva, de brincar de esconde-esconde... Um tanque pra tomar banho no verão...Tinha fitas velhas pra fazer gravações bizarras com as amigas e depois colocar em modo lento pra deixar nossas vozes como as de monstros retardados! Tinha os joelhos ralados cheios de mercúrio pra “sarar”, cachorros e gatos... muitos, muitos e muitos gatos! Eu também tinha mania de subir no portão e ficar me embalando só pra ouvir o barulho “reng-reng-reng”... E eu tinha chinelos com um prego segurando as tiras (e furando meu pé).

Tive mais algumas coisas simples, coisas que geralmente não damos valor enquanto estamos crescendo, mas basta começarmos a anotar cada item e cada instante remoto da nossa infância pra vermos o quanto tínhamos tanta preciosidade ao nosso redor. Coisas pequenas, coisas sem muito valor material, mas muito importantes no nosso desenvolvimento como seres humanos. Eu reclamava sim, não vou negar! Sentia necessidade de ter o que uma outra criança tinha, de ter uma mochila grande, um caderno de “capa dura”, mas isso não me deixou mais vulnerável, isso não abalou meu caráter nem me levou a um psicólogo, muito pelo contrário! Isso me tornou uma pessoa capaz de lutar pelo que se quer, mas, principalmente, uma pessoa capaz de dar valor ao que se tem.

Muitos lerão este texto e, em certos momentos, lembrarão de alguns fatos ou objetos como se estivessem assistindo a um filme antigo e muito marcante. Se todas as lembranças forem anotadas uma a uma com minuciosidade como em uma lista de compras, começariam a fazer parte de uma linda vitrine que ficaria sempre exposta com luzes cintilantes dentro de cada coração, despertando, desta forma, a gratidão adormecida por tudo o que foi bom e por tudo o que parecia ser ruim!

Depois disso, que tal pegar um lápis, um papel e rebobinar a fita?